O portugal intervencionado e a industrialización adiada

Tesis doctoral de Francisco Jose Castelo Branco

é condií§í£o sine qua non, na criaí§í£o de qualquer pensamento com intuitos científicos, a assumpí§í£o de hipóteses e teses. Este é o fundamento base do conhecimento. Assim sendo, tendo este texto o almejo de explicar de forma científica, neste caso usando o método hipotético-dedutivo, importa, antes de mais, definir o quadro teórico onde nos iremos situar. E ao longo dos nossos comentários e conclusíµes, ní£o iremos (quase) utilizar qualquer tipo de estatísticas ou dados numéricos uma vez que acreditamos em ideias e ní£o em números pois estes, conforme forem ou ní£o apresentados, tratados e manipulados, podem comprovar qualquer tese. As ideias podem ser mais dificilmente desmontadas que os números. a ciíªncia económica tem sido pródiga na criaí§í£o de teses altamente sofisticadas, elegantes, quií§á, verdadeiras obras-primas de complexidade numérica e/ou conceptual. Porém, as frequentes convulsíµes sociais e económicas a que o nosso mundo assiste diariamente, levam a ponderar que ou os economistas ní£o sí£o ouvidos ou as suas teses revelam-se, afinal, pouco adequadas í  soluí§í£o básica que preocupa todos os homens e mulheres: obter bens que os ajudem na busca da felicidade. esta ideia simples é aquela que nos impulsiona. desta feita, longe de acreditarmos que iremos apresentar a tese definitiva, iremos recuperar as ideias básicas daquilo que se convencionou chamar de escola austríaca, reflectir um pouco sobre as mesmas e munidos com este quadro teórico de referíªncia, concluir que portugal, durante longos séculos de história, quase sempre esteve arredado da sociedade da abundí¢ncia. Que mesmo nos períodos mais recentes, ou após a adesí£o í s comunidades económicas europeias, a tal abundí¢ncia foi (e é) efémera. Esta efemeridade resulta, é nosso objectivo explicá-lo, do mesmo pensamento que tanto prejudicou portugal e que domina a cultura económica europeia: o estado é um agente económico. O estado é o agente económico, imparcial, justo e possui uma omnipresení§a emanada pelos deuses. O estado deve intervir na economia pois, sem este, a economia ní£o funciona. o texto que se segue pretende de uma forma clara demonstrar que, em portugal e nos países europeus, ao longo dos séculos, se assistiu ao triunfo do intervencionismo, desde a fundaí§í£o da naí§í£o portuguesa e até í  realidade da unií£o europeia. no caso portuguíªs, pretendemos mostrar que após a adesí£o í s comunidades económicas europeias, fruto das políticas económicas seguidas por estas, o intervencionismo ní£o cessou de estender a sua influíªncia perniciosa na economia em geral e na indústria em particular. ao mesmo tempo que iremos caracterizar a situaí§í£o portuguesa, faremos o enquadramento desta dentro do pensamento europeu vigente í  época, uma vez que ambos caminharam na mesma direcí§í£o. Assim, podemos já antecipar que portugal ní£o usufruiu de uma situaí§í£o única em termos de ací§í£o económica. Neste sentido, as elites portuguesas sempre estiveram a par com os conhecimentos e opiniíµes dos pensadores dominantes. no capítulo inicial, ou seja, no capítulo ii, iremos construir a nossa ferramenta de análise, alicerí§ada na teoria do valor subjectivo. Com base nesta, utilizando em seguida a teoria do caos e a teoria da agíªncia, estabelecemos o fundamento teórico que servirá de chapéu a todas os nossos comentários sobre as políticas intervencionista, demonstrando que os argumentos de base para aceitar-se a intervení§í£o do estado carecem de significado. o capítulo seguinte faz um percurso sobre como as teorias económicas em geral justificam o papel crescente do estado nas economias. segue-se um capítulo dedicado a portugal, onde desde a fundaí§í£o, se mostra a presení§a constante do poder político sobre o métier da produí§í£o. Logo a seguir víªm um outro capítulo onde o tópico final é a abordagem das políticas da unií£o europeia, altamente intervencionistas, podemos desde já antecipar. Num capítulo exclusivamente dedicado í  europa, fazendo-se um périplo histórico í  volta de políticas, industriais e ní£o só. finalmente, o último capítulo antes da reflexí£o final, volta a centrar-se no nosso país. este, dadas as tendíªncias europeias, acaba sempre por seguir as tendíªncias, e, lamentavelmente, por seguir e implementar princípios intervencionistas. E reduzidos resultados.

 

Datos académicos de la tesis doctoral «O portugal intervencionado e a industrialización adiada«

  • Título de la tesis:  O portugal intervencionado e a industrialización adiada
  • Autor:  Francisco Jose Castelo Branco
  • Universidad:  Santiago de compostela
  • Fecha de lectura de la tesis:  24/10/2008

 

Dirección y tribunal

  • Director de la tesis
    • Jose Vilas Nogueira
  • Tribunal
    • Presidente del tribunal: m nieves Lagares diez
    • laura Román masedo (vocal)
    • eduardo Giménez fernández (vocal)
    • Carlos Miguel Ramos pereira (vocal)

 

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